A chegada do final do ano significa que estamos na safra de grande parte de frutos do Cerrado. Nessa época, os mercados locais e feiras livres de centenas de municípios de Minas Gerais, Tocantins, Goiás, Distrito Federal, Maranhão, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e Bahia ficam tomados por cores e sabores autênticos desse bioma, que é o segundo maior do Brasil.
Os produtos típicos do bioma são utilizados como alimento, remédios, matéria prima para artesanato, cosméticos e materiais para construção. Embora haja mais de milhares de espécies conhecidas, apenas 10 tipos de frutos comestíveis são comercializados nos centros urbanos, como o pequi, buriti, mangaba, cagaita, jatobá, cajuzinho do cerrado, araticum e o baru. E estas podem ficar cada vez mais distantes da mesa do brasileiro, visto que o Cerrado acumula há décadas a maior taxa de desmatamento do Brasil.
O desaparecimento de um fruto nativo não impacta somente a trama ecológica na qual participa, pois tem impacto também na cultura e no modo de vida das comunidades tradicionais.
O site Cerratinga foi criado com a missão de divulgar e sensibilizar a população a respeito do grande potencial de uso dos recursos da biodiversidade do Cerrado e da Caatinga. Além disso, apoia o trabalho de redes, associações e cooperativas que promovem o extrativismo sustentável, beneficiam e comercializam produtos derivados das espécies nativas desses dois biomas, gerando renda e inclusão social no campo se tornando defensores dos biomas.
Entre os diversos produtos, que são coletados e processados por populações agroextrativistas, o site foca em 25 espécies de plantas do Cerrado e da Caatinga, além de conter informações sobre mel de abelhas nativas.
O layout moderno do Cerratinga busca proporcionar ao usuário uma navegação amigável e intuitiva, de modo a permitir que a informação desejada seja facilmente encontrada em poucos cliques. Na seção de “receitas” o internauta pode conferir dicas de como elaborar 130 pratos típicos e sofisticados a partir de ingredientes do Cerrado e da Caatinga. Já no menu de “populações” pode-se encontrar informações sobre o contexto geográfico e cultural das comunidades que conservam e coletam os frutos.
Há menos de seis meses no ar, o Cerratinga teve 10 mil acessos e a página do site no facebook já conta com mais de 1.300 seguidores.
O site atua como um disseminador de informações e como um ponto de encontro onde os consumidores podem saber mais sobre os produtos e produtores, colaborando com a conservação dos biomas, a proteção de seus povos e a valorização dos meios de vida sustentáveis e da cultura local de diversas comunidades agroextrativistas.
Acesse o site e navegue por informações completas e referendadas sobre as principais espécies do Cerrado e da Caatinga, os povos e comunidades tradicionais e conheça o trabalho e os produtos comercializados por cooperativas comunitárias.