Espécie do Cerrado
O babaçu (nome cientifico: Attalea ssp.), também conhecido como baguaçu, coco-de-macaco e, na língua tupi, uauaçu, é uma nobre palmeira nativa da região Norte e das áreas de Cerrado. Encontra-se em formações conhecidas como babaçuais, que cobrem cerca de 196 mil km² no território brasileiro, com ocorrência concentrada nos estados do Maranhão, Tocantins e Piauí, na região conhecida como Mata dos Cocais (transição entre Caatinga, Cerrado e Amazônia).
A árvore pode atingir de 10 a 30 metros de altura e suas grandes folhas arqueadas podem chegar a oito metros de comprimento. Cada palmeira pode apresentar entre três a cinco longos cachos de flores amareladas. O pico de florescimento acontece entre janeiro e abril e os frutos amadurecem entre agosto e dezembro. Cada cacho, por sua vez, pode produzir de 300 a 500 cocos. A casca do fruto é resistente e, no seu interior, há de 3 a 5 amêndoas que têm valor comercial por serem a principal matéria-prima para a produção do óleo de coco do babaçu.
Costuma-se dizer que tudo se aproveita desta palmeira. Suas folhas são utilizadas na armação de cobertas para casa e, nos períodos de seca, para alimentação animal. As fibras destas mesmas folhas são utilizadas para produzir cestos, peneiras, esteiras, entre outros produtos artesanais. Seu estipe é utilizado na marcenaria e, algumas vezes, como adubo natural. É possível ainda se extrair o palmito e, do caule da palmeira jovem, uma seiva que, fermentada, produz vinho.
As amêndoas verdes ainda fornecem um leite com propriedades nutritivas semelhantes ao leite humano e bastante utilizado na culinária. Do mesocarpo é extraída uma farinha, também chamada pó de babaçu, muito nutritiva, usada como complemento alimentar e para fazer bolos e mingau. Tem propriedades anti-inflamatórias e analgésicas, é rica em fibras, portanto, ótima para combater prisão de ventre, colite e obesidade, pois torna o fluxo intestinal mais eficiente.
Mas o principal fim das amêndoas é a produção de óleo de coco do babaçu. Este é amplamente utilizado na indústria cosmética, alimentícia, de sabões, detergentes, lubrificantes, entre outras e na alimentação das comunidades da região do Cerrado e transição com a Amazônia. A extração das amêndoas é tradicionalmente caseira, feita pelas populações locais e pelas “quebradeiras de coco”. Seu óleo possui alto índice de saponificação, o maior dos óleos vegetais de uso industrial, e baixa concentração de iodo. O endocarpo é usado para fazer um carvão de alto potencial calorífico.
Para completar, a dura casca do coco do babaçu ainda pode ser utilizada para produção de etanol, metanol, gases combustíveis, coque, carvão reativado, ácido acético e alcatrão, de grande aplicação industrial.
Tabela nutricional
Óleo de babaçu
Quantidade | 100 gramas |
Água (%) | n/a |
Calorias (Kcal) | 884 |
Proteína (g) | n/a |
Carboidratos(g) | n/a |
Fibra Alimentar (g) | n/a |
Colesterol (mg) | n/a |
Lipídios (g) | 100 |
Ácido Graxo Saturado (g) | 50,9 |
Ácido Graxo Mono insaturado (g) | 18,6 |
Ácido Graxo Poli insaturado (g) | 30,2 |
Cálcio (mg) | * |
Fonte: http://www.informacaonutricional.blog.br/oleo-de-babacu/
NURTRIENTE | QUANTIDADE | % VD* |
---|---|---|
Valor energético | 328.8kcal=1381 | 16% |
Carboidratos | 79,2g | 26% |
Proteínas | 1,4g | 2% |
Fibra alimentar | 17,9g | 72% |
Cálcio | 61,0mg | 6% |
Manganês | 0,4mg | 17% |
Magnésio | 39,4mg | 15% |
Lipídios | 0,2g | – |
Fósforo | 25,6mg | 4% |
Ferro | 18,3mg | 131% |
Potássio | 362,1mg | – |
Cobre | 0,2ug | 0% |
Zinco | 0,3mg | 4% |
Niacina | 2,6mg | 14% |
Sódio | 12,5mg | 1% |
*% Valores diários com base em uma dieta de 2.000 Kcal ou 8.400kj. Seus valores diários podem ser maiores ou menores dependendo de suas necessidades.
Fonte: http://www.tabelanutricional.com.br