Espécie de diversos biomas
O jatobá (nome científico Hymenaea sp.) é encontrado na Amazônia, na Mata Atlântica, no Pantanal e no Cerrado com ocorrências do Piauí até o Paraná. A origem de seu nome vem do tupi e quer dizer “árvore com frutos duros”. No passado, foi muito utilizada pelos povos indígenas em momentos de meditação. Assim, o jatobazeiro passou a ser considerado um patrimônio sagrado brasileiro.
Ainda hoje, sua farinha é bastante consumida no meio rural, seja na forma natural ou na forma de pães, biscoitos, bolos, batida com leite ou como ingrediente em vitaminas de frutas.
Apesar de apresentar um crescimento lento, a árvore alcança até 40 metros de altura e tem um tronco com diâmetro de quase um metro. Sua madeira é bastante utilizada para construção em vigas, portas, tacos, tábuas, além de ser empregada em objetos de arte, peças decorativas e móveis de luxo. Por esse motivo, é uma das madeiras mais valiosas do mundo.
Seu fruto fica maduro entre os meses de julho a setembro, possui casca dura e em média duas sementes por fruto. No interior, a polpa é um pó verde amarelado com forte odor, que é comestível. A polpa é rica em ferro e é indicada para pessoas que apresentam alto grau de anemia. A casca também é aproveitada para chá. É uma planta com uso medicinal e pesquisas atuais indicam que o jatobá pode ser utilizado para combater alguns tipos de câncer. A seiva do jatobá é obtida por meio da perfuração do tronco e é utilizada tradicionalmente como curativa para diversas enfermidades, incluindo a anemia, convalescença e problemas pulmonares.
Tabela nutricional
Composição centesimal das farinhas de jatobá-do-cerrado e jatobá-da-mata em g/100g de material seco (Silva et al, 2001).
Constituintes |
Jatobá-do-cerrado
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Jatobá-da-mata
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Proteínas |
7,60 ± 0,22
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8,37 ± 0,12
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Lipídios |
3,03 ± 0,05
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2,92 ± 0,11
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Cinzas |
4,60 ± 0,06
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5,48 ± 0,07
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Fibra alimentar solúvel |
11,01 ± 0,50
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9,81 ± 0,58
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Fibra alimentar insolúvel |
42,86 ± 0,27
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45,79 ± 0,61
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Carboidratos (por diferença)
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30,9
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27,63
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